A chegada dos primeiros europeus data de fins do século XV, em 1482,
quando o navegador Português Diogo Cão aportou à foz do rio Congo ou
Zaire. Na então capital do reino do Gongo, a ainda hoje existente
cidade de Mbanza Congo, no norte de Angola, o rei recebeu os
estrangeiros como amigos e deixou-os converter ao cristianismo,
tomando o nome de Afonso I, criando assim uma aliança entre os dois
estados.
Ao longo do século XVI, e depois de contínuos e complicados jogos de
sedução, intrigas e traições começaram a acentuar os laços de
dependência do reino do Congo em relação à Coroa portuguesa. Do reino
do Congo dependiam outros reinos menores mais a sul, como o da Matamba
e o do Ndongo, de cujos soberanos, os ngola, provirá mais tarde o nome
de Angola. A resistência desses três reinos à penetração colonial será
practicamente esmagada na segunda metade do século XVII, no curto
espaço de vinte anos: Congo (1665), Ndongo (1671), e Matamba (1681).
Em 1700 os portugueses dominavam em Angola uma área de 65 mil
quilómetros quadrados, com o único objectivo de manter abertas as
rotas de escravos- mercadoria dominante do comércio naquela época, os
quais eram exportados para Portugal, Brasil, Antilhas e América
Central.
Em
fins do século XVIII, Marquês de Pombal, o todo-poderoso ministro do
Rei de Portugal, fez uma tentativa de se explorar as riquezas do país,
contudo a tentativa falhou por falta de apoio da metrópole que estava
mais interessada no desenvolvimento do Brasil com base nos escravos
angolanos. Angola teve assim de continuar a manter o seu título de
“mina da escravaria”. A conferência de Berlim, em 1885, estabeleceu o
direito público colonial e tratados entre Portugal, França, o Estado
Livre do Congo (Belga), Grã-Bretanha e Alemanha definiram as
fronteiras actuais de Angola. Para os angolanos, a abolição do tráfico
de escravos em 1836 e o fim oficial da condição do escravo em 1878 não
alteraram o fundo da questão, continuando a exploração das grandes
massas trabalhadores angolanas por parte do poder colonial a ser feita
sob forma do chamado contrato. Essa situação vai agravar-se com a
poliítica colonial do regime de Salazar, a partir dos anos 30 do
século XX.
As lutas de Libertação de angola tiveram inicio nos anos 60 a que se
seguiu a proclamação da Independência em 11 de Novembro de 1975.